De marmitas a comidas típicas: veja onde comer bem em Belém a partir de R$ 10
De marmitas a comidas típicas: veja onde comer bem em Belém a partir de R$ 10 Quem está em Belém para participar da Conferência das Nações Unidas sobre a...
De marmitas a comidas típicas: veja onde comer bem em Belém a partir de R$ 10 Quem está em Belém para participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) e quer comer bem pode encontrar opções para todos os bolsos e gostos. A dica é explorar dentro e fora das zonas Azul e Verde da COP e aproveitar para conhecer sabores típicos da culinária paraense, como o açaí e os peixes de água doce fritos. O g1 encontrou opções de refeições completas a partir de R$ 10 nos arredores da COP 30, além de restaurantes dentro do evento com valores variados. Dentro da área da COP, um dos restaurantes mais visitados é o Iacitata, que mistura gastronomia paraense e valorização dos modos de vida da região. "Aqui tem todo um movimento por trás para levar até o consumidor um alimento saudável e sustentável, produzido pelas mãos de quem vive e respeita a floresta", diz a chef Tainá Marajoara. Outro sabor da COP que faz sucesso é a sorveteria Cairu, reconhecida como uma das mais criativas do mundo, que lançou o sabor COP 30: uma mistura de pistache, doce de cupuaçu e castanha-do-Pará. “Como a COP é um evento global, pensamos em unir esse espírito internacional à nossa culinária regional”, conta Armando Laiun, fundador da Cairu. Sorveteria aposta em elementos regionais e internacionais para atrair clientes Sorveteria Cairu Já saindo da área da COP, em uma conveniência na passagem Santos Dumont, próxima à entrada da Zona Verde, há opções de comidas prontas e lanches rápidos por preços acessíveis. Pratos como chapa mista (combinação de carne vermelha, frango e calabresa) são vendidos por R$ 15, enquanto o tradicional arroz com galinha sai por R$ 10. Clique e siga o canal do g1 Pará no WhatsApp Veja mais informações sobre a COP 30 O vendedor Cledson Rosa Dantas, mais conhecido como “Baiano”, conta que, mesmo com o aumento no movimento por causa da COP 30, decidiu manter os valores de sempre. 'Eu tenho arroz com galinha, torta salgada, lasanha, coxinha, vamos ter a chapa mista, batata frita. O nosso preço é o mesmo que a gente vendia, não alteramos igual muita gente alterou. O preço meu é a partir de R$ 10", diz. Família toda na COP A família do professor Elierson Gonçalves veio do município de Cametá, no nordeste do Pará, para conhecer a Zona Verde e participar das atividades da COP30. Antes da abertura das programações, eles aproveitaram para fazer uma pausa e comer no local, onde, segundo contam, encontraram comida boa e preço justo. "Estamos vindo lá de Cametá para participar do evento, ver como as coisas estão acontecendo. E antes de a gente entrar na Zona Verde, resolvemos fazer uma paradinha aqui, para fazer um lanche. O preço continua normal pelo que a gente observa, estão bem acessíveis". Professor Elierson Gonçalves e família vieram de Cametá para participar da COP 30, em Belém. Thaís Neves / g1 Comer bem pagando pouco Uma barraca montada na avenida Duque de Caxias, esquina com a Travessa Alferes Costa, em frente a um hotel, tem atraído o público oferecendo cardápio variado de marmitas completas por R$ 15, e tem feito sucesso entre quem busca uma refeição rápida e barata perto da área do evento. O vendedor Renan Lisboa, responsável pela barraca, contou sobre as diversas opções de comidas oferecidas por eles, a poucos metros da Zona Azul. "Temos uma variedade de opções, chapa mista, frango empanado, frango à parmegiana, bife com calabresa, bife com batata frita, bife à cavalo, frango assado de forno e outras opções, tudo por R$ 15. Quem estiver com fome pode vir aqui, porque está tudo regularizado”, disse Renan. Marmita completa a R$ 15 próxima à Zona Azul, em Belém Thaís Neves / g1 Descendo a Avenida Duque de Caxias, também a poucos metros da Zona Azul, já na esquina com a Travessa Perebebuí, há um restaurante que oferece pratos executivos a partir de R$ 36,99. No local, trabalhadores, visitantes e turistas aproveitam para saborear pratos típicos da culinária amazônica, preparados com ingredientes regionais. Os pratos executivos incluem opções com peixes regionais, como dourada, filhote, pescada amarela e pirarucu, acompanhados de arroz, feijão, salada crua, batata frita e farofa. Os valores variam de R$ 36,99 a R$ 45, oferecendo uma refeição completa para quem deseja experimentar a culinária amazônica. "É aqui pertinho do Hangar, dá pra vir a pé, temos peixes, comidas regionais e carnes. Temos pratos para quem não quiser almoçar lá na Zona da COP. É pertinho do evento e o preço está ótimo", disse o proprietário do restaurante, Beneilson Reis. Refeições a partir de 36,99 próximo à Zona Azul Thaís Neves/g1 Restaurante com a 'cara' da Amazônia Entrada do restaurante Ribeirinho na avenida Duque de Caxias Thaís Neves / g1 Na Avenida Duque de Caxias, também é possível encontrar um restaurante que aposta em uma experiência totalmente inspirada na Amazônia. O espaço, decorado com elementos que remetem às comunidades ribeirinhas, busca oferecer aos visitantes uma imersão na cultura local. Segundo Rhadamis Mussi, proprietário do estabelecimento, a proposta surgiu do desejo de “trazer a beira do rio para o centro da cidade”. “Belém é uma metrópole, com benefícios e dificuldades como qualquer outra. A ideia foi recriar a vivência ribeirinha: a palha usada como telha, a madeira que forma as paredes das casas. Queríamos trazer isso para cá, para que turistas e moradores pudessem sentir um pouco dessa experiência dentro da cidade”, explicou Mussi. Ainda segundo ele, o cardápio também segue a proposta de valorizar ingredientes regionais. Um dos destaques é um prato criado por ele, batizado de “parmegiana paraense”. “A gente tem uma parmegiana paraense em que, no lugar do filé, usamos filhote empanado. No lugar da muçarela, entra o queijo do Marajó com pesto de jambu, e servimos com nosso arroz de tucupi e jambu. É um sucesso, porque é um prato conhecido. Quando as pessoas entendem que adaptamos para a nossa culinária, com insumos paraenses, desperta curiosidade e tem sido um sucesso”, explicou. Prato 'Parmegiana Paraense' criado por Rhadamis Mussi do restaurante Ribeirinho. Thaís Neves / g1 Além da culinária regional, a experiência no restaurante também passa pela apresentação dos pratos e bebidas servidos em utensílios feitos de cerâmica marajoara, feitos com técnicas tradicionais e estampas típicas da ilha. A proposta é reforçar a imersão cultural e valorizar o artesanato local, unindo gastronomia e identidade amazônica em cada detalhe. Grupo no WhatsApp reúne dicas de comida e cafés liberados Entre os participantes da COP 30, um grupo em um aplicativo de trocas de mensagens tem ajudado quem quer economizar. Chamado “Free Food”, o grupo que já conta com três versões ativas, reúne participantes que trocam informações em tempo real sobre onde estão sendo distribuídas comidas gratuitas, máquinas de café liberadas e estandes com brindes e degustações de produtos regionais. Grupo de WhatsApp troca informações sobre alimentação barata na COP Thaís Neves / g1 Kaime Silvestre, que participa de COPs há 10 anos, é o criador e administrador do grupo. Segundo ele, a ideia surgiu para possibilitar a permanência de pessoas nas conferências internacionais, especialmente jovens ativistas. "As conferências do clima são espaços com representantes do empresariado e governos, enquanto os jovens ativistas muitas vezes lutam para conseguir financiamento para participar. O objetivo original era garantir a presença deles nesses espaços, já que, com a grande quantidade de eventos, sempre há coquetéis e distribuições de alimentos, o que tem feito esse grupo ganhar popularidade nas últimas edições", explica. Ele ainda conta que hoje, não são apenas os jovens ativistas que utilizam o grupo, mas toda e qualquer pessoa que participa da conferência. "Eu fico muito feliz em poder contribuir para facilitar um pouco a permanência de pessoas nesse espaço". Kaime também explica que o grupo funciona de forma totalmente colaborativa. "Como a COP acontece num espaço imenso, com dezenas de pavilhões, eventos paralelos e recepções, muitas vezes é difícil saber onde há oferta de comida ou bebida gratuita. Então criei esses grupos para qualquer pessoa poder compartilhar informações em tempo real". "Sempre que alguém encontra uma distribuição de alimentos, coquetéis ou cafés, avisa no grupo e todos ficam sabendo. Assim, conseguimos reduzir desperdício, facilitar o acesso à alimentação e fortalecer o espírito de partilha e cuidado entre quem participa da conferência." Vídeos com as principais notícias do Pará